Comunicação na Gestão

A comunicação eficiente, em qualquer nível de gestão, pode definir o sucesso ou o fracasso de uma organização. A transferência de informação de um indivíduo para o outro é absolutamente essencial. É o meio através do qual o comportamento é modificado, as mudanças são efetivas, a informação é transformada em algo produtivo e as metas são atingidas (KOONTZ e O’DONNELL, 1981, p.409). Porém, a comunicação só é efetivada quando a mensagem é compreendida pela outra pessoa (CHIAVENATO, 1989, p. 39).

 

Desse modo, existem algumas posturas comportamentais que podem tornar a comunicação mais eficaz e eficiente entre gestores e seus interlocutores. Contudo, cada organização, cargo ou indivíduo demanda uma forma de comunicação distinta. Certamente, pertence ao comunicador a tarefa de analisar e se adaptar às necessidades do seu público.

 

Com foco na ideia de que um bom interlocutor deve possuir a capacidade de se comunicar e interagir amplamente, seja na diretoria ou seja com um trainee no seu primeiro dia de trabalho, alguns pontos podem ser considerados com objetivo de descomplicar a dinâmica da comunicação eficiente.

 

Se a intenção é passar uma “ideia”, é importante que se tenha conhecimento sobre o assunto, assim se transmite confiabilidade.

 

Analisar e considerar as características do seu público também pode ser relevante no momento de se comunicar. Assim, tanto uma conversa informal de corredor como uma palestra para uma quantidade maior de pessoas poderá ser direcionada de modo seguro. Dessa forma, é possível moldar sua fala e suas informações. Conversar com um profissional da área da computação com 20 anos de experiência pode ser totalmente diferente do que com um adolescente que acabou de ingressar na faculdade ou numa palestra para divulgar sua empresa para uma plateia interessada em tecnologia. São tipos diferentes de público ou interlocutores, porém, mensagens similares podem ser passadas, chegando até eles por caminhos diferentes.

 

Outro ponto a se considerar é ser capaz de entender os sinais passados pelo receptor. Assim, se torna possível a alteração estratégica. Muitas vezes, essa habilidade parece ser ignorada ou não considerada como importante. É comum encontrar profissionais incapazes de enxergar além das palavras, de compreender o que um movimento de braço ou um desvio de olhar pode indicar.

 

Ainda, é importante ter domínio da fala, sendo ela clara e simples. Assim, se evitam mal-entendidos e se faz efetiva a comunicação, transferindo com assertividade a informação que se almeja transmitir.

 

Por meio da comunicação, é possível que setores se engajem a objetivos gerais ou específicos, além de evitar entendimentos errôneos ou deturpados sobre o contexto geral ou partes específicas das atividades, evitando reparos ou refazimentos, durante o processo de produção ou outras atividades laborais. Desse modo, se otimiza o tempo e obtém-se resultados mais eficazes.

 

Uma comunicação eficaz parece-nos escassa no mundo atual e digitalizado, onde as relações interpessoais estão cada vez mais líquidas e silenciosas, sendo possível trocar uma ligação por uma simples mensagem informal. É possível, ainda, observar o distanciamento entre as pessoas, o que torna essa habilidade extremamente demandada em gestores.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação a Administração Geral. 1ª ed. São Paulo: Mcgraw-Hill, 1989.​

 

KOONTZ E O’DONNELL. Fundamentos da administração. 12. ed. São Paulo: Livraria Pioneira, 1981.