É sabida a importância de desenvolver competências comportamentais para exercer com êxito trabalhos que exigem esta desenvoltura do profissional, como um cargo de gerência, por exemplo. Entretanto, a importância de desenvolver e possuir estas habilidades são válidas para todos os profissionais, independente do cargo e da área de atuação. Sendo assim, este artigo irá explorar o tema focando especialmente na área de Auditoria, justamente por essa ser conhecida como uma área muito técnica.
A auditoria não tem como finalidade apenas a fiscalização e a penalização, mas exerce também o papel consultivo, visando identificar gargalos nos processos e promover a melhoria contínua desses.
Auditoria Interna de Processos é um procedimento de confrontação entre uma situação encontrada contra um determinado critério, ou seja, a comparação entre um fato ocorrido com o que deveria ocorrer. É um exame imparcial e objetivo, cuja finalidade é assessorar à alta administração de negócio e controles introduzidos nestes, com a finalidade de assegurar informações precisas e sugestões efetivas para o adequado gerenciamento corporativo. Trata-se de uma ferramenta de apoio à gestão (LISBOA, 2017).
Apesar da auditoria ser um processo totalmente técnico, o profissional deve possuir habilidades comportamentais, como, por exemplo, conhecimento nas áreas de negociação e comunicação, afinal, lida-se diretamente com diversas pessoas e com a alta gestão, sendo necessário saber se portar e se comunicar. Segundo André Luiz Dametto (s.d.), “tão importante quanto realizar um bom trabalho é comunicar os seus resultados, conduzindo os interlocutores à ação”.
De nada vale a realização do processo técnico com êxito se o profissional não possuir competências para apresentar os resultados encontrados de forma a convencer, engajar e conduzir os demais a tomar as ações necessárias. Além disso, de acordo com Camargo et al. (2013), essas competências são claramente percebidas por todos os envolvidos no processo, inclusive pelos auditados, que analisam a desenvoltura do profissional nas questões como “comunicação”, “lidar com pressão” e dentre outros, reforçando, novamente, a importância dessas no processo como um todo.
Muitos acreditam que para que essas habilidades sejam realizadas com excelência, o profissional deve possuir o talento nato. Entretanto, assim como a habilidade técnica, a habilidade comportamental também é adquirida através do aprendizado, estudo de técnicas e muito treino.
Desta forma, é verificado o quão primordial é que as empresas invistam em treinar e desenvolver não apenas as capacidades técnicas, mas também as capacidades comportamentais de seus profissionais, a fim de potencializar suas performances e obterem melhores resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LISBOA, IBRAIM. Auditoria Interna de Processos (2017). Disponível em: <https://portaldeauditoria.com.br/auditoria-interna-de-processos/>. Acesso em: 04 jan. 2021.
CAMARGO, R. C. C. P.; CAMARGO, R. V.W.; ALBERTON, L.; DUTRA, M. H. A percepção dos auditados em relação às competências comportamentais dos auditores Independentes: um estudo empírico na Região da Grande Florianópolis/SC (2013). Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rco/article/view/55303/147560#:~:text=Segundo%20Alberton%20(2002)%2C%20dentre,%3B%20e%2C%20maturidade%20e%20responsabilidade>. Acesso em: 28 jan. 2021.
DAMETTO, ANDRÉ LUIZ. Como vender melhor suas ideias. Artigo BBI of Chicago. [s.d.].
