Uma nova revolução industrial vem mudando a forma de produção e modelos de negócios em todo o mundo. Também conhecida como a Quarta Revolução Industrial, a Indústria 4.0 integra inteligência artificial, robótica, internet das coisas (IoT) e computação em nuvem em um extenso sistema de tecnologias avançadas que implicarão em grandes transformações. O termo “Indústria 4.0”, ou também “Smart Factories”, surgiu pela primeira vez na Alemanha, em 2011, em um evento de tecnologia industrial, como um projeto para modernização e aperfeiçoamento das indústrias locais, integrando a alta tecnologia aos processos de produção industrial.
O assunto abordado fundamenta-se através da necessidade e importância das transformações que o setor industrial enfrentará no que diz respeito à indústria brasileira, visto que há ainda uma grande carência de avanços tecnológicos e estruturais para acompanhar a revolução que já se mostra no cenário mundial. Os desafios dessa transformação digital expandem-se em várias frentes, como é o caso da mudança de cultura, o pilar básico de qualquer transformação frente à incorporação de novas tecnologias no Brasil. A cultura de uma organização pode trazer resistência, uma vez que a ela se molda em torno de um processo e encontra-se enraizada nos trabalhadores.
Prejudicado pela crise econômica e pelos impactos da pandemia do novo coronavírus, o Brasil encontra-se atrasado quando o assunto é Indústria 4.0. Segundo o Índice Global de Inovação (IGI) de 2021, o Brasil vem caindo de posição, permanecendo em 57° lugar, em um ranking liderado por Suíça e Suécia, as quais mantem-se entre as três primeiras posições da classificação em inovação por mais de uma década. Esses países líderes mostraram notável resiliência no cenário pandêmico.
Há um investimento significativo em inovação quando falamos na Suíça. O país conta com altos investimentos em pesquisa e desenvolvimento e com uma ótima qualidade de universidades locais, convertendo essas boas condições em inovação científica e tecnológica de alta qualidade e se destacando internacionalmente.
Em meio a esse cenário desafiador, o Ministério da Economia instituiu, em 2017, o Grupo de Trabalho para a Indústria 4.0 no Brasil (GTI 4.0), envolvendo governo, empresas, sociedade civil organizada, startups, entre outros. A estratégia governamental traz como foco o desenvolvimento e conhecimento tecnológico; mecanismos de inserção e adoção de tecnologias; formação educacional; e financiamento para a adoção e geração de tecnologias.
O caminho ainda é longo a ser percorrido e requer uma transformação completa dos negócios. Enquanto o mundo inteiro tenta se reconstruir da pandemia, é fundamental que o desenvolvimento tecnológico permaneça ativo para superarmos os desafios, a fim de sairmos mais conectados, incorporando novas tecnologias ao nosso futuro. A pandemia é a prova viva de que desenvolvemos uma ágil capacidade de responder ao inesperado, uma vez que o cenário forçou o avanço dessa revolução tecnológica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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