Em um mundo globalizado e totalmente conectado são os detalhes que podem garantir a sobrevivência da empresa. Negociação, qualidade, preço, e pós-venda são alguns dos pontos que podem diferenciar a companhia das demais e para ter êxito nesses quesitos existe um processo por trás de cada etapa que deve ser bem feita, assim criando uma vantagem sobre o concorrente.
Segundo Porter (1989) a concorrência é a parte central do sucesso ou do fracasso, assim, a estratégia competitiva é a busca de uma posição favorável dentro do mercado para tanto nem todas as empresas têm o mesmo orçamento para investir nos setores de forma que consiga ter uma posição lucrativa e sustentável em comparação as outras.
Algumas ferramentas vieram para agregar, entretanto, surgiu em 1969 na obra “The Science of the Artificial”, de Herbert A. Simon, o Design Thinking, que seria uma abordagem diferente para a solução do problema. O Design Thinking ganhou relevância quando Tim Brown e seu sócio David Kelley fundadores da IDEO compartilharam a metodologia que a empresa usava para resolver problemas.
A metodologia é simples, consiste em 5 (cinco) etapas: Imersão; Definição; Ideação; Prototipagem; Teste.
A primeira etapa do processo, conhecida por Imersão, busca a conexão das pessoas envolvidas no problema, através do levantamento de informações e observações pertinentes. Nesta etapa ocorre a busca de todos os fatores que podem causar o problema e começa a desenvolver resoluções de sucesso.
Na segunda etapa seria a Definição, que consiste em estabelecer um foco para o projeto, organizando de uma forma que crie um padrão para auxiliar a compreensão do problema e o impacto do mesmo. Existem algumas ferramentas e técnicas que podem auxiliar nesta etapa que seriam: mapa de empatia, mapa conceitual, definição de persona e mapa mental.
Após a segunda etapa concluída temos a Ideação que seria a criação de ideias que resultem na solução do foco estabelecido na etapa anterior. Nesta etapa existem também algumas ferramentas que ajudam na análise que são: Matriz de alinhamento, Brainstorming, Workshop de cocriação, Mural de possibilidades e ferramenta de solução de ideias.
A quarta etapa seria a prototipagem que ajuda na validação das ideias geradas, permitindo a participação dos usuários finais, sejam clientes ou colaboradores para uma avaliação e melhorias caso sejam necessárias. Nesta fase podemos utilizar algumas ferramentas como: Storyboard, Protótipo em Papel e Mockups.
Por fim vem a Validação que o desenvolvimento final do projeto, ela envolve planejar os próximos passos, passar a ideia às pessoas que podem te ajudar a realizá-la e documentar o processo. Algumas mudanças muitas vezes acontecem com o passar do tempo e é importante ter lembretes dos sinais sutis de progresso, assim, será possível produzir um melhoramento contínuo da sua ideia, ajustando os pequenos erros e provendo novas melhorias no seu serviço/produto. A ferramenta de Validação que pode ser utilizada seria o Canvas.
Para Porter (1989) a estrutura industrial determina quem mantém a proporção do valor criado por um produto para os compradores, mas hoje com uma concorrência global os detalhes acertados pelo Design Thinking se tornam o diferencial para obter uma vantagem competitiva com processos diferenciados melhorando o desempenho produtivo ou reduzindo custos podendo também melhorar a comunicação interna da companhia, assim diminuindo a rotatividade de colaboradores.
Podemos então afirmar que o Design Thinking se torna um grande aliado na busca pela liderança de mercado uma vez que faz com que todas as áreas se comuniquem entre si, sempre buscando a inovação do negócio visando a redução de custos, aumentando seu Market Shared e, consequentemente, margem de lucro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PORTER, M. E. Vantagem Competitiva: Criando e sustentando um desempenho superior. 37ª reimpressão. Rio De Janeiro. Elsevier, 1989.
PAREDES, BRENO. Manual Design Thinking: Uma abordagem inovadora para a sua empresa. 1ª ed. Breno Paredes, Guilherme Alves. – Recife: Cysneiros e Consultores Associados, 2018.