Empreendedorismo feminino: do manual ao digital

Empreender é enxergar todas as oportunidades e todos os obstáculos. Empreendedora nata, Gabrielle Chanel, que nasceu em uma região do interior da França chamada Auvergne, após o falecimento da sua mãe, uma simples vendedora, foi viver em um convento onde conseguiu seu primeiro emprego como costureira. Ambiciosa, se mudou para a cidade de Moulins, onde trabalhava durante o dia em uma loja de roupas e, à noite, cantava em um cabaré. Em 1910, após ter conhecido um jovem rico que financiou sua primeira loja de chapéus, Chanel conquistou as maiores atrizes francesas da época e toda a cidade com suas criações, até que aparecessem imitadores.

 

Apesar da ameaça da Primeira Guerra Mundial em 1913, já instalada na cidade litorânea de Deaville, seu sangue empreendedor falou mais alto. Chanel emprestou roupas de vestuário masculino e criou uma coleção de moda Sport para mulheres, o que revolucionou a relação das mulheres com as roupas, já que os espartilhos, pedrarias e penas, as impossibilitavam de praticar equitação. Após esse grande sucesso, a empreendedora revolucionou o mercado da moda criando seus blazers, tailleurs e as calças de alfaiataria para mulheres.

 

A ousadia no mundo dos negócios trouxe resultados maravilhosos para a economia e para o mercado da moda, Coco ficou conhecida pelo seu trabalho através das suas magnificas criações e o famoso boca a boca.

 

O empreendedorismo feminino tem propiciado o surgimento de empresas inovadoras e tem crescido fortemente no mundo inteiro. A busca da liberdade financeira e dos direitos femininos tem gerado uma renovação no mundo dos negócios e o diversificando, abrindo um infinito mundo de possibilidades e quebrando paradigmas. A independência feminina tem se tornado cada vez mais forte, pois se conecta com seu público através das redes sociais para vender seus produtos e serviços, utilizando muito bem o marketing digital.

 

Segundo o IBGE, as mulheres representam 51,8% da população total, ainda assim, apenas 13% delas ocupam alguma posição de destaque nas mais de 500 grandes empresas brasileiras. Apesar de serem maioria, as oportunidades e salários não são equivalentes, o que leva as mulheres a buscarem uma segunda fonte de renda ou trocarem seu trabalho com remuneração fixa pelo empreendedorismo e serem as protagonistas das suas histórias, colocando suas ideias e ideais à disposição do ecossistema empreendedor.

 

Durante a pandemia da covid-19, o empreendedorismo feminino ganhou força, gerando oportunidades, o que colaborou para a modificação desse quadro de desigualdade, ainda que enfrentando os desafios, se equilibrando entre os negócios, a educação dos filhos e os cuidados domésticos. O empreendedorismo permite a mulher conciliar seus horários entre as tarefas domésticas e sua empresa. Em função de sua importância, foi estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), o dia 19 de novembro como o Dia do Empreendedorismo Feminino, a fim de valorizar a contribuição feminina para a economia e diminuir a desigualdade em relação ao gênero masculino.

 

De forma orgânica ou digital, as mulheres têm mostrado suas competências comportamentais e alçando voos jamais imaginados pela sociedade, mas já iniciados pelas grandes mulheres empreendedoras como Gabrielle Chanel, sempre ousando, buscando sanar dores e inovando.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

A     força     do     Empreendedorismo     Feminino     na     Crise.     Disponível     em: <https://sebraeseunegocio.com.br/artigo/a-forca-do-empreendedorismo-feminino-nacrise/> Acesso em 23/11/2021.​

 

História da Marca. INSIDE CHANEL. Disponível em: <https://inside.chanel.com/pt/n5100-years-of-celebrity> Acesso em 23/11/2021.

 

Quantidade     de     Homens     e     Mulheres.     Disponível     em: <https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18320-quantidade-dehomens-e-mulheres.html> Acesso em 23/11/2021.

 

19 de Novembro é o Dia do Empreendedorismo Feminino. Disponível em:<https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2021/11/19/19-de-novembro-e-odia-mundial-do-empreendedorismo-feminino> Acesso em 23/11/2021.