O cérebro no processo de tomada de decisões

O processo de tomada de decisões, ao contrário do que parece, não é um processo completamente racional e lógico. Na realidade, muitos fatores emocionais e cognitivos influenciam o processo decisório.

 

Nosso cérebro pode ser dividido em lado direito (lado intuitivo e emocional) e lado esquerdo (mais lógico e racional). “Nosso cérebro esquerdo pensa, usa a fala, e resolve problemas. Nosso cérebro direito é intuitivo, emocional, e envolvido em funções do corpo. Quando estamos sobrecarregados com a emoção e não conseguimos pensar de forma direta, nosso cérebro direito toma o controle. Quando estamos muito analíticos e distanciados de nossas emoções, ficamos presos em nosso cérebro esquerdo, mas quando estamos nos sentindo integrados e nos desempenhando bem, nosso cérebro direito e esquerdo estão interagindo um com o outro de modo eficaz.” (GRAND, 2013, p.11). Por diversas vezes, tomamos decisões erradas porque deixamos nossas emoções tomarem o controle. Além disso, quando um ser humano está se sentindo muito pressionado ou com sobrecarga de informações no cérebro, pode ter um bloqueio mental para tomada de decisões mais complexas.

 

De acordo com Blount (2018, p. 64) “O que distingue os supervendedores no confronto com os profissionais medíocres é o fato de terem consciência de suas deficiências e bloqueios. Eles:

– Interpretam com exatidão as próprias emoções.

– Reconhecem seus bloqueios emocionais.

– São realistas sobre suas forças e fraquezas.

– Compreendem seus estilos de comunicação e como eles impactam outras pessoas.

– Têm consciência de suas emoções e de seu efeito negativo sobre seus relacionamentos e desempenho.”

 

Assim sendo, é importante entender os fatores que influenciam nosso cérebro e saber interpretar nossas emoções, a fim de que a decisão seja a mais acertada possível. “O melhor que podemos fazer é um acordo: aprender a reconhecer situações em que os enganos são prováveis e se esforçar mais para evitar enganos significativos quando há muita coisa em jogo” (KAHNEMAN, 2012, p.33).

 

Tendo em vista os aspectos mencionados, conclui-se que é difícil prever erros baseados em nossas intuições e nem sempre é possível evitar que os vieses emocionais e cognitivos interfiram. Da mesma forma, é inviável se questionar sempre se a decisão está sendo tomada pelo lado direito ou esquerdo do cérebro. Então, é importante conhecer suas próprias emoções, bloqueios e tentar prever ao máximo as situações em que erros podem ser prováveis. Dessa forma, conseguimos tomar decisões mais eficazes, melhorar nosso processo de negociação e resolver problemas complexos, além de ajudar no processo de pensamento estratégico.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

GRAND, David. Brainspotting: A nova terapia revolucionária para mudança rápida e efetiva. Brasília: TraumaClinic Edições, 2013.

 

BLOUNT, Jeb. Inteligência emocional em vendas: Como os supervendedores utilizam a inteligência emocional para fechar mais negócios. São Paulo: Autêntica Business, 2018.

 

KAHNEMAN, Daniel. Rápido e devagar: duas formas de pensar. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.