O Conceito 4.0 na Indústria

A Indústria 4.0 despertou meu interesse devido à função comercial que exerço no grupo em que trabalho e, ainda, por fazer parte do quadro societário de uma empresa com minha família. Na Franzen, um dos nossos produtos mais vendidos é o sistema de lubrificação automática para equipamentos estacionários e móveis. Na outra empresa, denominada Pães D’Iara, levo esse conceito para dentro da produção, visando automatizar o processo cada vez mais, ganhando assim produtividade a agilidade.

 

Nas visitas que faço pela Franzen, ainda vejo muitas pessoas que não conhecem a Indústria 4.0 e são bem resistentes a mudanças. Não que todos os clientes que visito têm que comprar o produto, mas é uma percepção que notei ao longo do tempo. Muitos consideram que uma inovação chega para tomar o espaço de um trabalhador quando, na maioria das vezes, vem para facilitar e, consequentemente, sobra tempo a ele para outras tarefas, otimizando o seu trabalho. Por outro lado, existe o fator investimento, que sempre olham somente o valor e não se atentam aos benefícios que essa evolução trará, mesmo apresentando um quadro com payback a curto prazo.

 

Para aprofundar mais no conceito 4.0, vou falar um pouco da indústria 3.0, que teve início na década de 70, baseada na automação industrial, onde computadores e robôs entraram no processo produtivo. Mesmo já sendo um passado para muitos, ainda se percebe inúmeras empresas que não evoluíram nem sequer para a 3.0 e estão vivendo a 2.0, sem automatizar sua produção. Isso acontece, entre outros motivos, devido à falta de recursos. Ainda existem muitas regiões no mundo que nem acesso à internet têm e vivem uma realidade diferente da maioria, mas, na minha opinião, o que mais trava a evolução é o medo de mudança. Basta olhar ao redor para encontrar vários indícios. Na minha família, por exemplo, existem pessoas que, mesmo tendo condição de ter uma cafeteira elétrica comum, onde o café é feito em 2 minutos com o mesmo gosto, preferem o processo de esquentar a água, coar, e muitas vezes sem conseguir fazer o tanto necessário para um lanche, pelo medo de mudar aquele velho processo.

 

A 4ª Revolução Industrial vem para quebrar paradigmas e digitalizar as atividades produtivas, facilitando a interação homem x máquina, e ligando tudo através da internet, com velocidade de dados. São inúmeros os benefícios para a empresa, como ganho de produtividade, fácil acesso à informação, diminuição dos erros no processo produtivo e, consequentemente, decisões mais assertivas, dentre outros.

 

Toda inovação aplicada na produção fará a empresa progredir consideravelmente, e quem for aderindo mais rapidamente estará preparado para o futuro. As informações na palma da mão facilitam a vida dos gestores, que às vezes precisam tomar certas decisões em curto espaço de tempo e sem a quantidade de dados suficientes.

 

Ao longo do estudo e das reuniões que tenho feito, isso fica cada vez mais claro, e quem não aderir às inovações, infelizmente, ficará para trás. O BBI nos mostrou vários casos verídicos de empresas que não acompanharam o processo evolutivo e deixaram de existir, como a Kodak, Blockbuster, dentre outras. O mundo está em constante evolução e precisamos entender e acompanhar isso. Ainda surgirão várias novas profissões, novos equipamentos e tecnologias. Está tudo conectado e quem não estiver atento às evoluções, ficará offline para o mundo.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

GOEPIK. 2020. Os benefícios de implementar a Indústria 4.0 em 2020.
Disponível em: <https://www.goepik.com.br/beneficios-implementar-industria40-em-2020>. Acesso em 08/09/2021.

 

PORTAL DA INDUSTRIA. 202[?]. Indústria 4.0: Entenda seus conceitos e fundamentos. Disponível em: <http://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-az/industria-4-0/>. Acesso em 02/09/2021.

 

SCHWAB, Klaus. A quarta revolução industrial. Trad. Daniel Moreira Miranda. São Paulo: Edipro, 2016. 159p.

 

SUMIG. 2019. Por que você deve pensar na Indústria 3.0 antes da 4.0? Disponível em: <https://www.sumig.com/pt/blog/post/por-que-voce-deve-pensar-naindustria-30-antes-da-40/>. Acesso em 18/09/2021.