A tomada de decisão na gestão de negócios e no ambiente corporativo é um processo que faz parte do dia a dia das organizações. Os gestores precisam estar atentos para direcionar suas equipes e constantemente se deparam com desafios, pois essas decisões a serem tomadas tratam-se de escolhas que podem afetar todo o andamento e as vezes até a continuidade da organização. Diante disso, conseguimos perceber a relevância do assunto e torna-se necessário não somente estar munido de informações, mas ter uma expertise e autoconhecimento para aplicar técnicas e ponderar crenças e experiências de vida para se obter o domínio das situações e buscar a medida mais assertiva. Alguns comportamentos podem ser definitivos para a garantia do sucesso ou fracasso de determinadas operações.
Podemos perceber nos estudos do comportamento humano e da psicologia que existem dois sistemas e, enquanto um é mais intuitivo, rápido e emocional, o outro é mais racional, lento e exige um grau mais elevado de esforço, ou seja, “A organização é um sistema de decisões em que cada pessoa participa consciente e racionalmente, escolhendo e decidindo entre alternativas mais ou menos racionais que são apresentadas de acordo com sua personalidade, motivações e atitudes.” (CHIAVENATO, 2003, p.348).
O processo de decisão é escolher entre um conjunto de alternativas e, para Robbins, sempre ocorre em reação a um problema. Uma pesquisa feita na Universidade de Ohio aponta que 63,4% das decisões dos gestores acontecem a partir da iniciativa de resolver um problema, e não de modo preventivo e programado antecipadamente.
Torna-se essencial encontrar um diagnóstico com base nas informações para identificar as causas e consequências das ações. O princípio de Pareto e o diagrama de Ishikawa são técnicas muito utilizadas na análise do problema e, após essa identificação do problema, deve-se partir para a busca de soluções. Em muitos casos pode não haver alternativas prévias, sendo assim, é preciso ter ideias, e é onde entra o brainstorming, processo de interação verbal em grupo para estimular possibilidades para solucionar os conflitos.
A decisão não é a conclusão do processo, somente uma etapa, pois elas podem ocorrer tanto em níveis intermediários como finais e, quando se parte para a prática, cria-se uma nova situação, que pode gerar outra decisão ou processos de resolução de problemas. Em contraponto ao que se imagina, o objetivo do gerente não é apenas encarar e resolver conflitos na medida em que vão surgindo, mas sim construir caminhos refletindo sempre os objetivos da organização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SIMON, Herbert. Os limites ou fronteiras da racionalidade. Entrevista. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=QFLxazu6pCw>. Acesso em: 22 dez. 2021.
ROBBINS, Stephen; JUDGE, Timothy; SOBRAL, Filipe. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo: Pearson, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
PROCESSO DECISÓRIO: A TOMADA DE DECISÃO. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/QjxDDqGcS5r3dHL_2013-5-3-12-8-34.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2022.
TOMADA DE DECISÃO: ESTUDO DAS RELAÇÕES EXISTENTES ENTRE ESTILOS DE TOMADA DE DECISÃO INDIVIDUAL E ORGANIZACIONAL. Disponível em: <https://login.semead.com.br/19semead/anais/resumo.php?cod_trabalho=1262>. Acesso em: 03 mar. 2022.