As mudanças sociais e a acessibilidade tecnológica aumentam o volume de dados no mundo e, de acordo com a IDC (International Data Corporation), projeta-se que esse volume atinja 175 Zettabytes[1] até 2025. Em contrapartida, o mercado exige tomadas de decisões mais rápidas e assertivas em prazos cada vez mais restritos, e o uso dos dados se torna uma estratégia inteligente para auxiliar a gestão de negócios.
Os dados, referidos analogamente como “novo petróleo” (The Economist, 2017), ainda são recursos pouco utilizados em muitas empresas. Nesse contexto, existem empresas que já nasceram totalmente orientadas ao uso de dados como recurso da gestão de negócios e outras que estão numa jornada Data Driven, a fim de se manterem competitivas. Talvez o maior desafio das organizações esteja relacionado ao gerenciamento das informações, como impulsionar a mudança de mindset, promover a confiança e o uso efetivo de dados e estimular o desenvolvimento das competências de analytics. É imprescindível que a equipe seja multidisciplinar e possua conhecimento tecnológico para interpretar os dados e alcançar resultados satisfatórios. Quando os dados são utilizados para atender aos objetivos e metas de uma organização, eles ajudam os executivos na tomada de decisão.
Visando essa nova tendência global, o Business Intelligence (BI) foi um termo criado na década de 80 pelo Gartner Group, um renomado instituto de pesquisa e análise do setor de tecnologia da informação. O BI representa um conjunto de metodologias, processos, ferramentas e tecnologias que transformam dados em informação. De acordo com Lago e Alves (2019), seu principal objetivo é dar suporte informacional à tomada de decisão e proporcionar um acompanhamento cíclico dos fatores que influenciam a organização. Os sistemas de BI servem para demonstrar o porquê dos acontecimentos e quais são as causas para determinados eventos e fenômenos.
Existem diversas ferramentas de inteligência de negócios (BI), e elas são fundamentais para uma tomada de decisão rápida. A partir de análises baseadas em fatos e números reais, as organizações conseguem obter vantagem competitiva em sua área de atuação e também chegar à descoberta de insights ocultos.
É importante destacar a importância dos dashboards, também conhecidos como painéis ou relatórios interativos, que, por meio de tabelas e gráficos, são construídas as análises. Dessa forma, ferramentas de BI servem como uma eficiente solução de gestão para visualização, análise dos resultados e acompanhamento de indicadores chaves (KPIs) que facilitam, organizam e agilizam o processo decisório.
Para acompanhar esse movimento e não perder vantagem competitiva, as empresas têm buscado metodologias e ferramentas que contribuam para satisfazer e superar as expectativas dos clientes com soluções contínuas que geram valor. Dentro do contexto apresentado, conclui-se que, por meio da análise de negócios, a empresa fica ciente dos desafios e das oportunidades inerentes ao seu crescimento. A gestão de negócios orientada pela implantação e uso de dados na organização é um processo contínuo, ou seja, a todo tempo é necessário transformar análise em ação, sendo, portanto, um processo intrínseco ao sucesso dos negócios.
[1] Um Zettabyte corresponde cerca de 1 bilhão de Terabytes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARTNER. Principais tendências em inovação e transformação digital no varejo para 2021. GartnerReprint, 2021. Disponível em: https://www.gartner.com/doc/reprints?id=
1-25XZUA29&ct=210430&st=sb> Acesso em: 21 de abr. de 2022.
LAGO, Karine; ALVES, Laennder. Dominando o Power BI. 2. ed. São Paulo: DATAB Inteligência e Estratégia, 2019.
Reinsel, David. et.al. The Digitization of the World From Edge to Core. 2018. Disponível em:<https://www.seagate.com/files/www-content/our-story/trends/files/idc-seagate-dataage-whitepaper.pdf>. Acesso em: 11 abr. de 2022.
The Economist (2017, May 6). The World’s Most Valuable Resource Is No Longer Oil, but Data. The Economist.<https://www.economist.com/leaders/2017/05/06/the-worlds-most-valuable-resource-is-no-longer-oil-but-data> Acesso em: 15 abr. de 2022.
[1] Um Zettabyte corresponde cerca de 1 bilhão de Terabytes.
