Mundialmente, o câncer continua entre as principais causas de morte, apesar dos avanços na prevenção, diagnóstico e tratamento. É incontestável que ele é um problema de saúde pública, especialmente entre os países emergentes. A incidência e a mortalidade por câncer vêm aumentando, em parte pelo envelhecimento, pelo crescimento populacional, como também pela mudança na distribuição e na prevalência dos fatores de risco de câncer, especialmente os associados ao desenvolvimento socioeconômico.
A mais recente estimativa mundial, ano 2018, aponta que ocorreram no mundo 18 milhões de casos novos de câncer e 9,6 milhões de óbitos. O câncer de pulmão é o mais incidente no mundo (2,1 milhões) seguido pelo câncer de mama (2,1 milhões), cólon e reto (1,8 milhão) e próstata (1,3 milhão).
Para o Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma). O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). O cálculo global corrigido para o sub-registro, aponta a ocorrência de 685 mil casos novos.
Contudo, existe um contentamento no que diz respeito aos avanços da medicina nos últimos anos. O progresso científico permitiu o desenvolvimento e aprovação de novas drogas no mercado, aumentando a esperança dos pacientes com câncer, porém com custos cada vez maiores representando um impacto econômico significativo para os sistemas de saúde.
O custo com drogas vem de forma meticulosa e contínua aumentando no cenário oncológico mundial. Das 10 drogas mais caras utilizadas no sistema de saúde americano, 7 são para tratamento do câncer. Segundo Bloom et al. (2011) há estimativa de aumento de 36,7% no custo total do tratamento para 2030 – US$ 458 bilhões.
E no Brasil isso não é diferente. A redução de custos é uma necessidade para qualquer sistema de saúde, público ou privado. Nunca, medidas de fiscalização e de avaliação se fizeram tão oportunas. Tornou-se de suma importância reduzir custos sem prejudicar a assistência e garantir a qualidade dos serviços prestados a valores acessíveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INCA. Instituto Nacional de Câncer. Estimativas 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estimativa/introducao#:~:text=O%20c%C3%A1lculo%2 0global%20corrigido%20para,oral%20(5%2C0%25). Acessado: 24/02/2021.
Bloom DE, Cafiero ET, Jané-Llopis E, et al. The Global Economic Burden of Noncommunicable Diseases. Geneva: World Economic Forum, 2011.