Robô Advisor, Internet das coisas e o mercado financeiro

Atualmente, a representatividade de canais digitais e transações online realizadas pelos bancos ultrapassaram a marca de 63% e as aberturas de conta realizadas pelos smartphones cresceram cerca de 66%. O aumento desses dados deixa evidente o quão rápido estamos caminhando para um mercado financeiro mais tecnológico e inovador, com várias formas de automação de serviços no setor.

 

O que tange aos investimentos, temos como exemplo a contribuição do Robô Advisor, oriundo da indústria 4.0, que é um serviço de planejamento de investimentos ligado a diversificação da carteira. Existente para facilitar e automatizar investimentos, como se fosse um gestor de carteiras de investimento a médio e longo prazo, com utilização de algoritmos. Realizam aplicações em renda fixa, CDB, LCI e LCA, fundos multimercados, ações e ETFs. É indicado para pessoas com pouca experiência no mercado financeiro, que desconhecem as opções oferecidas, mas que assumem um risco maior em busca de lucro, não tanto conservador.

 

No processo é feito o API (Análise do Perfil do Investidor) e, após as respostas obtidas, o robô aprimora as informações e apresenta uma carteira com aplicações que se encaixam ao perfil do investidor por meio de algoritmo. Isso se torna viável pelo fato de ser fácil e economizar tempo do investidor no dia a dia para se dedicar a investimentos, estudando e analisando o mercado. O custo de utilização do robô tende a ser mais baixo que do fundo de investimento – em bancos, a taxa de administração pode chegar a 4% e em uma das fintechs, o custo fica abaixo de 1% – o que fará com que essa modalidade ganhe ainda mais espaço nos próximos anos, ocorrendo a diminuição de obstáculos impostos a investidores com receio de se aventurar no mercado financeiro e, também, aos que não possuem conhecimento técnico sobre o setor, com uma avaliação menos sujeita a erros.

 

Como desvantagem, pode-se notar a falta do contato humano e, especificamente, o Brasil ainda possui limitação de serviços, por ser uma alternativa recente. A Internet das Coisas (IoT), que é vista como uma grande revolução tecnológica e tem intuito de conectar o que usamos no dia a dia com a rede de computadores, já vem sendo frequentemente utilizada em países desenvolvidos, fazendo com que físico e digital se tornem um só. No mercado financeiro, notamos sua existência por meio do Near Field Communication, tecnologia que permite a troca de informações entre dispositivos sem a utilização de fios e cabos, como exemplo o Samsung Pay (pagamento por aproximação) e Santander PASS, que permitem realização de compras com adesivos ou pulseira, métodos já utilizados no Brasil.

 

O mercado financeiro tem uma necessidade de inovação constante e, quanto mais a tecnologia evoluir, mais “coisas” se conectarem na IoT, mais serviços financeiros se transformarão e aproximarão o cliente de varejo ao mercado financeiro.

 

Como uma extensão da Internet das Coisas, podemos notar a existência do IoT Banking no aplicativo All Pay, modalidade de pagamento utilizada por pessoas físicas e empresas, que responde a comando de voz às necessidades bancárias do usuário, como: consulta de saldo, extrato de determinado período, aplicação e consulta a fundos, dentre outras buscas. A capacidade de mudança é essencial para todas as atividades do negócio e, para os bancos, a evolução vem junto a essas mudanças.

 

Como ponto positivo para as instituições que trabalharem e aderirem aos novos processos, pode-se destacar a diminuição de falhas e modernização da marca, maior conversão em vendas e flexibilidade, fidelização de clientes e otimização do faturamento.

 

Para os clientes, as vantagens envolvidas são: comodidade e otimização do tempo, flexibilidade, segurança, exatidão e precisão nas transações e relação de confiança com a empresa.

 

Os aplicativos mudam a vida das pessoas e com isso apresentam também mais facilidade no seu dia a dia. Novos projetos e tendências vêm sendo estudados, como por exemplo o mobile payment via “carro conectado”, fazendo com que a Internet das Coisas venha se transformar no Banco das Coisas.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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https://www.startse.com/noticia/startups/conheca-os-robos-que-estao-tirandoos-investimentos-dos-grandes-bancos>. Acesso em 16 de agosto de 2020.

 

TECHTUDO. ‘Internet das Coisas’: entenda o conceito e o que muda com a tecnologia. Disponivel em:
<https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/08/internet-das-coisasentenda-o-conceito-e-o-que-muda-com-tecnologia.html>. Acesso em 18 de agosto de 2020.