Feedback e a comunicação não violenta no processo de desenvolvimento dos colaboradores de uma empresa

A forma de se comunicar com o outro pode gerar identificação, confiança, motivação e engajamento entre a equipe, mas, também, pode causar impactos como desmotivação e frustação, muitas vezes irreversíveis.

 

O feedback como processo de desenvolvimento dos colaboradores é uma parte importante na construção de carreira das pessoas. Líderes têm a oportunidade de ajudar suas equipes a serem mais eficientes e crescerem profissionalmente. Um feedback bem dado dá a chance ao outro de melhorar pontos que ele mesmo não enxergava.

 

No momento de feedback, o líder precisa estabelecer uma relação de cooperação e parceria, de modo que o outro compreenda a falta, sem se frustrar. A melhor maneira é utilizar as técnicas da comunicação não violenta para estruturar o feedback.

 

Rosemberg (2006) nos explica sobre quatro etapas para se preparar para uma comunicação não violenta. Nesse sentido, pode-se utilizar dessas etapas para construir um feedback. Primeiro, há a necessidade de observar e anotar o fato ocorrido. Segundo, de descrever para a pessoa o sentimento que isso lhe causa. Terceiro, mostrar qual a importância e a necessidade de resolver aquele problema. E, por fim, fazer um pedido. Pensando nessa sequência e sabendo desenvolver uma boa conversa, possibilita-se a mudança e um maior engajamento para a realização das tarefas diárias. Criar conexões com as pessoas de maneira genuína, entendendo o seu espaço e o espaço do outro, contribui para manter um bom relacionamento.

 

Para Bohm (2005), o diálogo só flui quando há a suspensão de opiniões e pressupostos. Saber desenvolver um bom diálogo com o outro, mesmo tendo opiniões divergentes, é ser flexível e tolerante com as necessidades do outro. Se apegar apenas a uma ideia é impedir que outras soluções sejam tomadas para a resolução de um problema. Ter empatia e ouvir ativamente o que o outro tem a falar é contribuir para o seu autodesenvolvimento.

 

A capacidade que o homem tem em oferecer empatia pode mantê-lo em vulnerabilidade, mas ao mesmo tempo demonstra proximidade. Desarmar situações de violência e saber ouvir a palavra sem rejeitá-la ajuda a construir um ambiente nas organizações mais saudável e com potencial de crescimento, engajamento, motivação e bons resultados. A comunicação não violenta é um tipo de linguagem que auxilia de maneira positiva a compreensão das situações. Saber utilizá-la é uma técnica que contribui para o autodesenvolvimento e o desenvolvimento de todos ao redor.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta, Ágora, 2006.​

 

BOHM, David. Diálogo: Comunicação e redes de convivência. São Paulo: Editora Palas Athena, 2005.