Em um mundo onde as transformações acontecem com rapidez, repleto de termos corporativos singulares a cada mudança ou tendência e os desafios são quase diários, há uma ferramenta muito importante, inerente a algumas pessoas, que são as soft skills. Segundo Ahmed; Capretz e Campbell (2012 apud PEDROSA; SILVA, 2019), soft skills são habilidades ligadas aos traços da personalidade e às atitudes do indivíduo e baseiam-se no pensamento estratégico para lidar com situações que não são mensuráveis. Não se pode cometer o erro comum que é confundir ‘‘pensamento estratégico’’ com ‘’planejamento estratégico’’, esse sim é fundamental em qualquer empresa. Todavia, para que seja bem-sucedido, faz-se necessário primeiramente desenvolver a cultura de um pensamento estratégico coerente. Caso isso não ocorra, a chance de o planejamento estratégico não alcançar êxito é grande.
Cummings (1993, p. 134 apud SERRA; FERREIRA, s/d, p. 3) “atribui ao escritor grego Xenophon de Atenas […] as primeiras definições de estratégia: estratégia significa conhecer a empreitada que quer levar adiante”. Originalmente, portanto, estratégia significava condução de operações militares e, na história, há exemplos de grandes líderes militares e como eles a usaram para alcançar a vitória. Nos dias atuais, a estratégia encaixa-se perfeitamente com a necessidade de solucionar os diversos problemas que surgem no dia a dia.
Antes de qualquer iniciativa relacionada ao pensamento estratégico, deve-se elaborar um plano de metas para que não haja dúvidas em relação ao objetivo principal da empresa. Quando as metas não são claras, as organizações costumam percorrer vários caminhos simultaneamente, contudo poucos ou nenhum deles em direção ao objetivo real. É preciso enxergar o objetivo final com nitidez, isso engaja o time. Afinal, não se pode sair para a guerra sem saber o real motivo e o objetivo da batalha. O pensamento estratégico deve ser um processo contínuo, algo cultural dentro das empresas. Deve ser fomentado não só em fóruns gerenciais, mas também no cotidiano da organização, onde cada colaborador deve se sentir responsável. Dessa forma, eles passam a ter uma visão sistêmica do negócio, a entender quais os avanços tecnológicos que estão por vir, como a variação de um indicador econômico pode ou não colocar a organização em risco e como a mudança no perfil do consumidor pode afetar os volumes de venda.
Pensar estrategicamente é uma forma de estar no controle do presente e organizar os próximos passos para um futuro seguro. O pensamento estratégico, em síntese, é a capacidade que o homem desenvolve de antecipar cenários, com uma visão a médio e longo prazo e, talvez, uma das etapas mais fundamentais de todo esse processo. A construção das opções estratégicas é, principalmente, entender se essas opções que estão sendo construídas serão efetivas, se irão trazer retorno ou se só irão gerar um gasto desnecessário de energia e recursos. É muito comum, nas corporações atuais, boas iniciativas que são mal executadas pela falta de adesão dos colaboradores, seja por não acreditarem ou pela comunicação não ter sido clara.
De forma objetiva, consolidando tudo que o pensamento estratégico traz, chega-se ao planejamento estratégico, com seu foco principal na execução de todo o plano. O pensamento estratégico é a visão da companhia do futuro, ele permite pensar ‘’out of the box’’ com certa liberdade (mas sem deixar a responsabilidade de lado) e desenhar a empresa saudável e próspera que se deseja no futuro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PEDROSA, Nadia; SILVA, Luciano Ferreira da. A IMPORTÂNCIA DOS SOFT SKILLS NAS DESCRIÇÕES DAS VAGAS DE GERENTE DE PROJETOS DE TI. Universidade do Vale do Itajaí. Revista Alcance, vol. 26, núm. 1, pp. 045-060, 2019. Disponível em: https://www.redalyc.org/jatsRepo/4777/477759211004/html/index.html. Acesso em: 09 fev. 2022.
SERRA, Fernando; FERREIRA, Manuel Portugal. Definições de Estratégia (s/d). Disponível em: https://globadvantage.ipleiria.pt/files/2012/08/nota-de-aula_definicoes-de-estrategia.pdf. Acesso em: 10 fev. 2022.
