Transformação Digital e o Mercado de Trabalho

 

Nem só de máquinas vivem as grandes indústrias, e é isso que as grandes revoluções pelas quais o mundo passou vêm nos mostrando. Klaus Schwab, em seu livro A Quarta Revolução Industrial, diz:

 

(…) não diz respeito apenas a sistemas e máquinas inteligentes e conectadas. Seu escopo é muito mais amplo. Ondas de novas descobertas ocorrem simultaneamente em áreas que vão desde o sequenciamento genético até a nanotecnologia, das energias renováveis à computação quântica. O que torna a quarta revolução industrial fundamentalmente diferente das anteriores é a fusão dessas tecnologias e a interação entre os domínios físicos, digitas e biológicos. (Klaus Schwab, 2016, pg 20).

 

Diante de um novo cenário surgindo com muitas informações e em alta velocidade, o profissional de hoje teme por sua carreira e futuro profissional. De acordo com os dados divulgados pela agência de notícias da indústria (CNI), a pandemia acelerou importantes processos de inovação dentro das empresas, pequenas alterações em tarefas repetitivas e até a forma de comunicação vinda com o home office são exemplos dessas mudanças.

 

“Tendo em conta esses fatores impulsionadores, há uma certeza: as novas tecnologias mudarão drasticamente a natureza do trabalho em todos os setores e ocupações” (Klaus Schwab, 2016, pg 43).

 

A flexibilidade trazida pela pandemia é um dos pilares considerados importantes para o desenvolvimento do novo perfil profissional, e ela vai além de horário e local de trabalho, diz respeito a estar aberto a novos aprendizados e constante desenvolvimento.

 

“As definições tradicionais de trabalho qualificado dependem da presença de educação avançada ou especializada e um conjunto definido de competências inscritas a uma profissão ou domínio de especialização. Dada a crescente taxa das mudanças tecnológicas, a quarta revolução industrial exigirá e enfatizará a capacidade dos trabalhadores de se adaptar continuamente e aprender novas habilidades e abordagens dentro de uma variedade de contextos” (Klaus Schwab, 2016, pg 51 e 52).

 

O avanço da tecnologia que chega com a 4ª Revolução Industrial tem um papel importante na mudança de estilo de vida das pessoas. A facilidade do ser humano em se adaptar a mudanças terá que ir além das habilidades técnicas, mas principalmente emocionais. De acordo com um estudo feito pela Accenture em 2017, as principais competências do profissional do futuro devem ser fundacionais (exclusivamente humanas e que duram mais do que as habilidades técnicas) e renováveis (competências técnicas).

 

Resiliência é a palavra chave para o perfil profissional que busca se manter ativo nessa nova era, estar aberto a novos conhecimentos e se manter atualizado são pilares importantes para uma carreira de sucesso. A liderança terá papel importante para motivar e desenvolver essas novas habilidades em suas equipes. Aprimorar nossas emoções, exercitar o pensamento crítico e a famosa frase de “pensar fora da caixa”, nunca foram tão importantes quanto agora.

 

Se antes um bom diploma era o grande diferencial para se manter no mercado de trabalho, hoje a flexibilidade cognitiva é o diferencial procurado no profissional do futuro.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

SCHWAB, Klaus, A quarta revolução Industrial. 1ª Edição 2016.

 

SCHWAB, Klaus, Aplicando a quarta revolução industrial. 1ª Edição 2019.

 

https://noticias.portaldaindustria.com.br/

 

https://folhadirigida.com.br/mais/noticias/guest-post/artigo-o-profissional-do-futuro-na-era-digital

 

https://gennegociosegestao.com.br/competencias-habilidades-nova-era-digital/

 

https://www.linkedin.com/pulse/o-profissional-da-era-digital-4-compet%C3%AAncias-que-todo-canfield?trk=public_profile_article_view